
muitas pessoas, porém
não encontro gente...
Há um vazio dentro
de cada um, um processo
de fechamento em
sentimentos.
Encontro sorrisos,
porém daqueles que
expõem apenas os
dentes.
Encontro verdadeiras
tocaias, e não corações.
reservas insistentes
da solidão.
Tenho encontrado
pessoas medrosas,
indecisas, escondendo-se
de si mesmas.
Pessoas que dizem:
Não sei... não sei se
quero... Não sei se
posso...
Quando sabem
exatamente o que
querem e o que
buscam, e não se
arriscam ao menor
impulso.
Pessoas duras, escuras
impossibilitadas de amar.
Estas cansei de encontrar...
Busco por gente que
empreste o ombro, que
não tenha medo de dizer
que levou um tempo.
Busco por gente que
assuma que amar
traz sofrer, e, com
certeza, não venham
a se esconder.
Busco por gente que
tenha a experiência
de sobrevivente de
guerra.
Busco por gente que
de tanto caminhar,
não tenha receio de
dizer que seus pés
ainda têm muito por
se machucar.
Quero gente de
coragem para
comigo conversar.
Gente que saiba
que máscaras não
dão seu perfil interno,
branco ou preto, tenha
a dignidade de revelar.
Busco por gente que
chore livremente, sem
preconceitos pelas
lágrimas derramadas.
Quero gente que saiba
exatamente para onde
está indo e o que deseja
encontrar, mesmo que
esta busca jamais venha
alcançar.
Busco por gente, "Seres
Humanos", que saibam
se doar, estes, eu anseio
por encontrar.
Gente de decisão, sem
argumento para
esconder, escusas ações.
Quero gente que é gente,
que mostra a cara, vai à
luta e dorme contente.
É desta gente que eu preciso!
Gente liberta, que me dêem
um canto em seu colo e saiba
me acarinhar, sem tempo, sem
hora e em qualquer lugar!
(Cora Maria).
Em breve minha sogra Ana estará
de volta.
Abraços a todos!